Author Topic: Se você não precisa do Office, será que precisa da Microsoft?  (Read 1939 times)

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Offline jefferson sant

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Se você não precisa do Office, será que precisa da Microsoft?
« on: December 22, 2012, 11:48:30 PM »
Felizmente (para a Microsoft) milhões de pessoas ainda precisam do Office para trabalhar e elas estão acostumadas a utilizá-lo no Windows

A empresa de pesquisa IDC relata que dispositivos inteligentes conectados – que incluem computadores, tablets e smartphones – cresceram 27% no terceiro trimestre de 2012 em comparação ao mesmo período do ano passado, mas os computadores estão representando uma porção cada vez menor desses dispositivos no geral.
 
Em 2011, de acordo com o IDC, computadores somavam 39,1% do mercado dos dispositivos conectados. Até 2016 espera-se que esse valor caia para 19,9%. Por outro lado, a parcela dos smartphones crescerá de 53,1% em 2011, para 66,7% em 2016. Tablets também crescerão significativamente, de 7,7% em 2011 para 13,4% em 2016.
 
Notícias de quedas nas vendas dos computadores não são surpreendentes e sabemos os desafios que isto apresenta ao Windows 8 conforme ele, junto com o Windows RT, tenta ser um sistema operacional abrangente para todas as configurações.  Mas o que isso significa para o negócio realmente lucrativo da Microsoft, o Office?
 
Eu costumava achar que a Microsoft deveria disponibilizar toda a suite do Office para os dispositivos com iOS e Android. Existem rumores de que isto poderia acontecer no ano que está por vir. Tal ação ainda geraria receita do Office para a empresa, apesar de que o software estaria funcionando em dispositivos não Windows.
 
Mas seria esse o caso de eliminar algo bom enquanto se elimina algo ruim? O Office 2013 pode ser a única ferramenta capaz de dar ao Windows 8 e ao Windows RT uma vantagem sobre as outras plataformas.
 
Apesar dos problemas até o momento com a UI do Windows 8, as baixas vendas e conflitos com os parceiros de hardware, pelo menos os tablets com Windows 8 executam a versão completa do Office. E a Microsoft deve manter qualquer tipo de vantagem que ela puder ter no competitivo mercado de tablets. Caso o Office também seja disponibilizado no iPad, a escolha para alguém considerando um iPad – que pode também querer utilizá-lo para trabalho – torna-se bem mais fácil.
 
Felizmente (para a Microsoft) milhões de pessoas ainda precisam do Office para trabalhar e elas estão acostumadas a utilizá-lo no Windows. Existem alternativas mais baratas ao Office, como o OpenOffice.org e o Google Docs, mas elas não competem com as ricas características do Microsoft Office. Enquanto escrevo isso tenho três documentos do Word, uma planilha do Excel e um e-mail do Outlook, e todos são vitais para meu trabalho. Certamente não estou sozinho nessa.
 
Mas para voltar ao nosso tema: será que o Office é suficiente para conquistar os atuais consumidores de tablet que a Microsoft precisa para criar uma massa crítica? Dificilmente.
 
Fora do modo de trabalho, para um cliente interessado em um tablet como um dispositivo para navegação na internet e consumo de mídia, o Microsoft Office não é algo importante. Ainda não decidimos se tablets são para trabalho ou diversão – um pouco de cada talvez.
 
Para a maioria dos atuais compradores de tablets criados em iPads e Kindles, a decisão é não depender do Excel e Word. Então é uma questão que vale a pena ser feita: caso você não precise do Office, você realmente ainda precisa da Microsoft?
 
No programa “Bloomberg Surveillance” do Canal Bloomberg, Richar Sherlund, um analista da Nomura Holdings, faz essa mesma pergunta e faz um excelente trabalho em explicar a “estranha transição para tablets” da Microsoft, apesar de ter sido interrompido várias vezes pelos apresentadores muito cafeinados do programa. Vale a pena dar uma olhada.